segunda-feira, 6 de agosto de 2007

PARA QUE CONSTE

Quero uma vida falsa.
dores sem cores, estertores,
palavras confusas, lampejos,
arranhões, desilusões,
perigos, tempestades,
angústias sombrias, crueldades,
opressão. vinho e veneno,
aspereza, ambigüidade,
remorsos silentes, insônias,
estratagemas, assombros
constrangimentos,
faca, sangue, sentimento.
Quero uma vida inaudita,
eu, a que já não sou.

8 comentários:

o refúgio disse...

Você é ACANTHA, uma mulher-poeta maravilhosa.
Um beijo carinhoso.

Anônimo disse...

Que conste, Acantha, que é muito bom o seu poema. E aproveito pra agradecer a sua força para a minha recuperação que está indo melhor do que esperava. Um beijo.

Jens disse...

Putz, fiquei arrepiado, você escreve muito bem.(xô, inveja!).
***
Também quero uma vida assim, cheia de glória, som, fúria e humanidade. Me empresta?

Anônimo disse...

SANDRA, SANDRA... Você é sempre exagerada!

Anônimo disse...

Obrigada FRANCISCO! Tão bom que você esteja de volta...

Anônimo disse...

Menos, JENS, menos... Emprestar? Pode tomá-la, se quer..

Anônimo disse...

boa muito boa, especialmente para "quero uma vida inaudita"

AB disse...

Vindo de você, que escreve tão bem, GUSTAVO, sinto-me duplamente elogiada... Obrigada!