segunda-feira, 4 de agosto de 2008

LAMENTO


Resisto ao impulso de te procurar.
Entre velhas palavras e opacas sensações,
pensamentos sem respostas e lembranças vagas.
Viro a página sem histórias nem memórias,
interrompendo sinais e poemas inexistentes.
Guardo destinos não cumpridos
e evoco o segredo que teu silêncio cala.
Delicados afetos se transformam
em cinzas e doçura, perdas e procuras,
porque a noite chega.
E dorme comigo o impulso de te procurar.

14 comentários:

Moacy Cirne disse...

Muitas vezes, minha cara, procurar se faz necessário: procurar o poema perdido na memória, procurar o filme não-visto, procurar destinos que (ainda) não se cumpriram, procurar o afeto do ser amado - mesmo que tenha se distanciado. Pois é, amiga: Procurar é preciso, assim como é preciso sonhar. Um beijo.

AB disse...

Gosot dos sonhos, MOACY querido...

Anônimo disse...

Lamento não ter chegado aqui antes para vê-la com a força de sempre, com a graça de sempre. Mas a partir de hoje virei sempre e vou adicionar este blog ao meu, pra ficar mais fácil a viagem. Um abraço.

Anônimo disse...

mas não adormece nunca o meu impulso de te procurar; quem o motiva é a imensa saudade das tuas letras e, por sobre elas, latente, os gestos que, um dia, partilhamos e, ainda...só hoje voltei de mto longe, vi seu livro no site, surpresa!!! volto lá pra comprar. Até lá, meu eterno carinho e louca admiração. Beijo

Anônimo disse...

Obrigada pela gentileza ROMÁRIO!! Não deixo de visitá-lo!

Anônimo disse...

ROOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!!!!!!!! Que saudades!!! Sua volta tornou meu dia simplesmente perfeito!
Nunca mais vá para muito longe por tanto tempo...

Catarina Medusa disse...

http://esquinas-esquinas.blogspot.com/ acho q to voltando, devagar...beijo

Anônimo disse...

Acantha. Belo texto!
É um "lamento" que repousa sobre um esvaziamento de vida.
As palavras exprimem esse desgaste:"velhas","opacas","vagas","inexistentes".
A procura tateia onde se apoiar, mas não encontra consistência, pois até os afetos já são "perdas e procuras".
A noite guarda o impulso que não se consumou...
Gostei imensameente.
Um abraço de admiração!
Dora Vilela

Roy Frenkiel disse...

Ola, Acantha. Long time no speak.

:-)

bjx

RF

Anônimo disse...

Sonho, procura, incerteza... bonito!

Bjos,

Ada (www.meninagauche.blogger.com.br)

Anônimo disse...

E quando o comentário é mais belo que o poema, o que se faz, DORA???

Anônimo disse...

Oi ROY. Long, long time.

Anônimo disse...

Que doce, ADA. Muito, muito obrigada!

Anônimo disse...

Enfim, 2008 começa a valer, RO!