terça-feira, 15 de janeiro de 2008

TRAÇOS


Desdenho a noite
indeslindável,
lembro do esquecimento
abandono a ausência
desaprendo o silêncio
cedo ao apelo da sede
apago o pouco -
litanias.
confidências.
lapsos.
artimanhas.

21 comentários:

Gustavo Chaves disse...

e a vida:
traços dos dias e noites fluviais

kisses!

Anônimo disse...

E lapsos, GUSTAVO...

Anônimo disse...

e a vida chama, mas eu nem to a fim de ir...

beijo

"Oncotô? (Erika)"

Anônimo disse...

Fiquemos então, ERIKA querida.. Não deve ser proibido. E se for, melhor...

Moacy Cirne disse...

Desdenhas a noite, mas não a poesia; abandonas a ausência, mas amas a palavra: arte & manhas de litanias e confidências. Poeticamente. Um de seus melhores poemas? Talvez. Um de seus momentos mais verdadeiros, em se tratando do campo fértil da literatura? Provavelmente. Afinal, cedes ao apelo da sede. Com saber. Com sabor. Por falar em sabor, arroz-de-leite é simplesmente o arroz preparado com bastante leite (preferencialmente, leite de cabra ou leite de coco), conhecido em Portugal pelo menos desde 1563, e registrado por Câmara Cascudo em sua "História da alimentação no Brasil". Como prepará-lo? Cito Cascudo: "Ferve-se o arroz branco até amolecer, secando ou diminuindo água. Derrama-se o leite ... com sal, aumentado com água. Reabrindo a fervura, despeja-se mais leite, ... mexendo-se". Uma boa variação é o arroz-doce, como sobremesa. Beijos.

o refúgio disse...

Lembrar do esquecimento, abandonar a ausência, desaprender o silêncio...apagar o pouco...ufa. Admiro sua poesia e sabedoria, Acantha.

Beijos.

Francisco Sobreira disse...

Pois é, cara Acantha. Você começa 2008 com o mesmo pique de qualidade. Versos afiados , como "Desdenho a noite indeslindável" que começam o seu bonito poema. Beijo afetuoso.

Alex Sens disse...

tudo tão rápido, tragicamente simples.

Anônimo disse...

"cedo ao apelo da sede". E eu, ao apelo dos seus versos...

Lucas Parente disse...

...seguir no fio da navalha
da vida
ainda quando sangrar
não valha.

Grande beijo.

Ane Brasil disse...

Pô, das minha, bonito pra caralho esse lance de lembrar o esquecimento...

Poesia é pra poucos... não é pra quem quer não, é pra quem pode!
E você pode muito.
sorte e saúde pra todos!

Anônimo disse...

Obrigada pelos elogios e pela receita, MOACY querido! Já estou providenciando a feitura!

Anônimo disse...

Gosto tanto de você, SANDREVSKY...

Anônimo disse...

Sempre tão queridos seus elogios, FRANCISCO.. Muito obrigada mesmo!!!

Anônimo disse...

Como a vida, ALEX...

Anônimo disse...

Obrigada, ROMÁRIO !!!Seus elogios são pura poesia...

Anônimo disse...

Assim são os dias, LUCAS..

Anônimo disse...

Quanta coisa bonita você me disse ANE!!!Obrigada, menina! Sou sua fã!!

vieira calado disse...

Gostei deste poema leve esbelto.
Cumprimentos.

Anônimo disse...

Sempre absolutamente gentil, caro VIEIRA. Muito obrigada!!!

Marcelo F. Carvalho disse...

Acantha, se isto não é sexo, é quase isso.
Deliciosamente lindo!
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Abraço forte!